S.S. - Coord. de Operações Pedagógicas #1
- Corônicas
- 6 de mai. de 2020
- 2 min de leitura
Sobre declarações de amor Eu sempre fui avessa às declarações públicas e exageradas de amor, o que é um contraponto a minha personalidade exagerada, dizem até que meu tom de voz é alto para certos padrões (não percebo, mas enfim). Tenho horror e um pouco de ranço, dos casais emaranhados na escada rolante do metrô, dos beijos infinitos e constrangedores na mesa do bar da galera, das juras de amor eterno nas redes sociais e por aí vai. Percebam, essa não é uma nota de julgamento e nem perpétua, parto da premissa do “nunca diga nunca”, só compartilho a visão do meu agora. Voltando ao amor, não é que eu duvide que ele exista ou não acredite no seu potencial, pelo contrário, tenho provas e testemunhas de amores lindos na minha vida, dos relacionamentos amorosos, de amizade e da família, eu só me estranho mesmo é a publicidade exagerada. Sou do tipo que ama nas entrelinhas, nos bastidores, que se faz presente no “fui na feira e trouxe pastel pra vc”, “tem o bolo que vc gosta na padaria, quer?”, “como vc está se sentindo hoje?”, “não esquece de almoçar”, “vamos chorar juntas aqui rapidinho”, me avisa quando chegar em ksa”, “bora tomar um café da tarde?”... Mas como nada é eterno, só vim aqui pra dizer que em tempos sombrios como os que vivemos hoje, de isolamento social e perdas aos montes, o que importa mesmo é se declarar do jeito que for! Esse texto é uma declaração de amor (veja que irônico) aos meus, à você e, porque não, à mim mesma. Se puder fique em casa, cuide da sua saúde física e mental, beba água e, só se quiser, aproveite para fazer ou aprender algo novo.
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