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C.M. - desginer #1

  • Foto do escritor: Corônicas
    Corônicas
  • 23 de abr. de 2020
  • 1 min de leitura

Um amigo uma vez me disse para tentar tirar o peso da emoção de meus textos. Por alguns dias pensei: essa sou eu, puramente feita de emoções.


Mais até do que de carne, pele e ossos, são as emoções que de mim transbordam e me fazem ser quem sou. São elas que irradiam nos dias bons, e são elas também que me assombram quando ninguém mais vê.


São essas as companheiras fiéis e certeiras da quarentena. Além dos cachorros, das plantas e paredes, somente elas me aconselham, para o bem e o mau neste momento devastador e trucidante de estar só em minha casa.

Não tenho como ceifa-las, as emoções, de baixo do capacho que, aliás, já não está sob a porta - regras do condomínio para conter a pandemia -, e muito menos de meu corpo, por onde ramificam-se junto às veias e alimentam-se de meu ser, neste momento quase vazio de algo bom, a espera de que o fim esteja próximo.

Qual fim exatamente, não sei, mas talvez aquele que retire as emoções acapachantes de meu texto. Pelo menos as ruins. E me transformar em margarida, a ser acariciada por abelhas e demais insetos, insetos incertos, que assim o desejarem.

 
 
 

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